Mapeamento e Qualificação de Cadeias Produtivas

CADEIA PRODUTIVA DE HORTALIÇAS

O agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira, sendo responsável por parte considerável do PIB, dos empregos, da arrecadação tributária e das divisas internacionais do País. É comum que se veja na Mídia números relacionados à produção e exportações de grandes commodities, como soja, café, açúcar e carnes; mas menor atenção é dada a cadeias produtivas cuja produção é realizada maioritariamente por pequenos produtores e voltada essencialmente para o mercado interno. Esse é o caso da cadeia produtiva de hortaliças, que por meio deste estudo tem suas dimensões reveladas pela primeira vez – e estas se mostram impressionantes.

Estima-se que a cadeia produtiva de hortaliças no Brasil movimentou, em 2016, um total de R$ 66,23 bilhões entre todos os seus elos. No elo chamado “antes da porteira”, formado pelas organizações fornecedoras de insumos, máquinas e equipamentos agrícolas, o faturamento estimado foi de R$ 11,17 bilhões. O uso adequado de insumos e equipamentos de ponta é primordial para que os produtores alcancem bons índices de produtividade e consigam colocar no mercado produtos de elevada qualidade.

Entre os produtores rurais das 13 culturas consideradas, que formam o elo denominado “dentro da porteira”, o faturamento estimado foi de R$ 17,69 bilhões. Esses valores resultam dos preços médios e volumes estimados de hortaliças in natura comercializados pelos produtores juntos a atacadistas, varejistas e agroindústria.

Considerando as alíquotas de FUNRURAL, IPI, PIS, CONFINS e ICMS aplicados aos produtos transacionados na cadeia, estima-se que as hortaliças contribuíram para a arrecadação de R$ 6,98 bilhões em 2016.

AGENDA ESTRATÉGICA PARA A CADEIA

  1. Melhorar os padrões sanitários e fitossanitários dos produtos hortícolas.
  2. Agilizar o processo de registro de produtos fitossanitários para hortaliças.
  3. Capacitar o produtor rural por meio de parcerias público-privadas.
  4. Incentivar e fomentar a adoção de maior tecnologia no campo (agricultura de precisão, adoção de máquinas e equipamentos, irrigação de precisão, internet das coisas, robótica, sistemas controlados de cultivo, entre outras).
  5. Incentivar programas de rastreabilidade de produção.
  6. Aumentar o nível de cooperativismos e associativismo em hortaliças.
  7. Investir em campanhas de aumento do consumo de hortaliças como forma de diminuir os gastos com saúde.
  8. Investir no setor de embalagens para reduzir o desperdício durante o transporte e armazenamento.
  9. Reduzir barreiras comerciais para impulsionar as exportações.
  10. Reduzir os desperdícios e perdas em todas as etapas do processo produtivo.