Brasília (18/10/2022) – O Diretor Executivo do Ibrahort e presidente da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) apresentou durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a agenda estratégica da Câmara Setorial de Hortaliças, que vem sendo trabalhada para atualização das diretrizes de trabalho.
Manoel de Oliveira, explicou as diretrizes sugeridas, abordando temáticas como pesquisa desenvolvimento e inovação, defesa agropecuária e outros. O trabalho de atualização das diretrizes visa a organização e crescimento da cadeia. Em sua apresentação, Manoel pontuou a importância do acompanhamento continuo da Câmara Setorial e instituições presentes, em temas transversais, como crédito e seguro rural, defesa vegetal e outros
Já a CNA apresentou uma pesquisa sobre rastreabilidade vegetal com resultados apresentados pela assessora técnica da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, Letícia Barony.
O estudo foi realizado a partir de formulários específicos para cada público-alvo, sendo produtores, distribuidores atuantes na cadeia e fornecedores de produtos e serviços às cadeias. Foram coletadas, no total 1.548 respostas.
Dentre os produtores participantes, 41,8% disseram saber o que é rastreabilidade e 13,8% indicaram que realizam rastreabilidade na produção. Destes, 74% apontaram que a adoção da rastreabilidade trouxe benefícios especialmente na gestão da propriedade. Cerca de 68,5% sinalizaram que não tiveram dificuldade para cumprir os procedimentos e registros exigidos pela normativa. A assessora afirmou que o diagnóstico permitiu o mapeamento das percepções do setor, seus desafios e benefícios vivenciados pelos entes que realizam a rastreabilidade, bem como as razões que culminam na baixa adesão do setor à rastreabilidade.
“Posteriormente ao levantamento e análise das informações, estas serão utilizadas para nortear ações do Sistema CNA/Senar em prol da capacitação e apoio ao produtor para a adequação à rastreabilidade estabelecida no normativo, ações estas que serão trabalhadas conforme os níveis de entendimento à rastreabilidade identificados no diagnóstico”, destacou.
Na pauta do encontro, outros temas relevantes para o setor também foram debatidos, como as normativas de fomento às Boas Práticas Agrícolas ( Portaria nº 337/2021 e Portaria 448/2022 ) e Produção Integrada; as atualizações sobre a implementação da Instrução Normativa Conjunta (INC) 02/2018, do mapa e da Anvisa, que dispõe sobre rastreabilidade de produtos vegetais frescos destinados ao consumo humano; e a proposta de regulamentação para a cadeia produtiva de fungicultura.